Sobre a má fé e a vontade de aparecer

 


O texto do professor Lenio Streck é um desserviço ao debate transparente para a escolha do STF. 

Estou certa de que ele entendeu que o texto do professor Conrado Hübner não é sobre “Offs” oficialmente (Desculpa o trocadilho infame). E ele até admite isso ao final do texto. 

Sou alguém que está chegando ao mundo do Direito e não quero evocar a janelinha. Mas estou há 20 anos no mundo da comunicação corporativa. Há 20 anos usando e concedendo, quando posso, offs para influenciar resultados discursivos e para pautar a mídia. É meu papel profissional. E se tem algo que a Lava Jato se não fez, deveria ter feito, é colocar em questão o jornalismo declaratório. Esse é um ponto defendido por gente séria tanto jornalistas, como a Patrícia Campos Melo, como por juristas, como o professor Oscar Vilhena. 

A escolha de um ministro do STF não deve ser feita por interesses pessoais, paixões e “dizem que”.  

Deve ser pautada pela busca do rigor jurídico, da diversidade presente na sociedade para que as decisões da suprema corte sejam o mais próximas da realidade social em que está inserida (e peloamordadeusa eu não estou falando de ativismo judicial identitário). E isso deve ser feito de maneira transparente, com amplo debate público, inclusive como uma função educadora, para que mais pessoas saibam o que faz uma Suprema Corte e como são escolhidos seus integrantes. Não tenho dúvida de que o professor Conrado Hübner defendeu isso no seu texto e defende na sua vida acadêmica. Achei que o professor Lenio Streck também. 

Em nome do rigor jornalístico, segue o texto do professor Streck (aqui) seguido pelo o texto criticado por ele, do professor Hübner (aqui). Mas se eu fossee vc, gastaria seu tempo, hj, lendo o texto perfeitinho da necessária Jandira Feghalli, que na Folha está abaixo do Lenio.

Juliana Oliveira 




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